quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Novos modelos de Certidões

A partir do dia 1º de janeiro de 2010, todos os cartórios de registro civil do país terão que adotar os novos modelos padronizados de certidões de nascimento, casamento e óbito. Serão modelos únicos de certidões e que foram lançados pela Corregedoria Nacional de Justiça, órgão vinculado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em abril de 2009. Desde o lançamento, os cartórios tiveram esse tempo para se adaptar às novas regras que darão maior segurança aos documentos, evitando erros e falsificações, e ainda facilitarão a conferência da autenticidade dos registros.




Os novos modelos dos documentos deverão incluir na parte superior o número da matrícula de cada registrador adquirida na implantação do Cadastro de Cartórios Civis no país em agosto de 2009. Os seis primeiros números da matrícula correspondem ao Código Nacional da Serventia, e permitirão a identificação imediata do cartório onde o documento foi emitido. Os códigos das serventias podem ser acessados no site www.cnj.jus.br/corregedoria/justica_aberta/ . Os demais números trarão informações sobre o acervo, o tipo do livro de registro, o ano em que a certidão foi extraída e o dígito verificador, que atestará a autenticidade do documento.
Para ampliar ainda mais a segurança dos documentos, a Corregedoria Nacional de Justiça estabeleceu que eles podem ser emitidos utilizando-se papel de segurança ou papel com detalhes coloridos, gráficos, molduras e brasões. Mas, para evitar imposição de custos adicionais aos cartórios, essa regra não é obrigatória, mas deve ser seguida pelos registradores se houver norma local para isso ou se o papel especial for fornecido sem ônus financeiros para os cartórios.
As certidões emitidas até 31 de dezembro de 2009 não precisam ser substituídas e permanecerão válidas por prazo indeterminado. A adaptação às novas regras não vai acarretar nenhum gasto adicional para os cartórios. Basta ter um computador para gerar a matrícula do registro. O Portal do CNJ ( http://www.cnj.jus.br/undefined/ ) deverá dispor de um sistema on-line que permitirá, a partir da digitação da matrícula da nova certidão, a verificação da autenticidade dos documentos. O sistema poderá ser acessado por qualquer órgão público ou cidadão gratuitamente.
Muito pouco muda para as famílias ou empresas funerárias quando do registro, mas é bom lembrar que a padronização do serviço facilitará muito, evitando que as regras se modifiquem de cartório para cartório o que ocorre atualmente.
No sitio da http://www.anef.org.br/ é possível acessar o novo modelo de questionário que pode ser utilizado pelas empresas funerárias para que estas efetuem o registro para seus clientes.
Se necessária segunda via de certidão após 01 de janeiro, esta já será emitida no novo modelo, mesmo que tenha sido registrada anteriormente a este.
Ainda não há informação de como será a obtenção das certidões pela internet, um dos objetivos principais desta modificação.
Mesmo que em alguns lugares já estejam sendo emitido o novo modelo de documento, há outros que a dificuldade de implantação é evidente, por haver cartórios de registro ainda trabalhando de forma manual, ou seja, os acentos são feito de forma manual, como por exemplo, no interior do Maranhão, mesmo nestes locais o modelo a ser utilizado é o novo, para que tenha validade.
Clique na imagem para ver o modelo em detalhes!!!
Lembrem-se estar atualizado é mostrar-se atento ao mercado e respeito aos clientes.
Saúde e Paz
Paulo Coelho

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Consultoria


Muitos amigos e colegas me questionam - Para que eu precisaria de uma consultoria, se conheço o mercado, estou nele desde que nasci, o segmento funerário não muda é sempre o mesmo, atender bem, cobrar o justo e executar o serviço como combinado.
De fato a base do serviço é esta mesmo: Atender BEM, cobrar o JUSTO e ENTREGAR O QUE PROMETEU, mas ai é que esta o perigo...
O que é atender bem será apenas ser cortes, ter um cafezinho pronto, ou quem sabe, estar com ambiente preparado, alem de limpo e organizado, com sala de atendimento em local onde haja privacidade, ter equipe treinada para acolher o enlutado, demonstrando respeito por sua dor, estar pronto para responder dúvidas e dar sugestões quando conveniente, saber quando é conveniente dar sugestões!!!, passar segurança e não, mais ansiedade. Atender bem é estar atento e pronto para resolver os problemas, ir alem das expectativas da família, cumprir prazos.
Cobrar o preço JUSTO, mas junto para quem, pelo que esta se cobrando, pela urna, pelo serviço 24 horas, pela equipe treinada, será que o que cobramos pelo que fazemos é de fato o justo ou é o que necessitamos para cobrir nossos custos, será que ao avaliar os preços não chegaremos a conclusão que o valor não é o correto, seja para mais ou para menos, que podemos ser mais eficaz e cobrar melhor, oferecendo serviços diferenciados, agregando valor ao nosso negócio.
Entregar o que se promete é uma dificuldade, dependemos de fornecedores, urnas, flores, liquidos de Tanatopraxia, entre outros insumos necessários para nosso serviço, será que todos tem a qualidade necessária ou pelo menos a que adquirimos, alem disso na execução do serviço será que estamos observando se não há falhas, como flores velhas (murchas), urnas riscadas – por problema de estocagem ou de transporte-, Tanatopraxia – acondicionamento de liquidos de forma adequada -, são tantas as variáveis para que a entrega seja diferente da prometida, muitas vezes passa de forma desapercebida, mas há mudanças, basta um olhar mais atento. Sob a ótica de um especialista.
Na maior parte das vezes estamos no caminho certo, muito próximos ao ideal, faltando apenas poucos detalhes para sermos eficientes no nosso trabalho, é neste ponto que o consultor funerário entra em ação, para observar de forma criteriosa o que se faz, como se faz e sugerir atualizações, mudanças e criação de processos que venham contribuir com o desenvolvimento da empresa.
Uma consultoria na sede da empresa é um trabalho desenvolvido de forma única e exclusiva, preservando os aspectos locais, possibilitando que sejam implementadas medidas muitas vezes simples e com baixo custo otimizando o potencial da empresa trazendo resultados financeiros e mercadológicos para a organização.
Alem das inovações e tendências mundiais, possibilidades de novos negócios, investimentos, o que os outros segmentos estão fazendo, como estão superando a concorrência dos grandes grupos.
Aproveite a chegada de 2010 para transformá-lo no ano da virada com muita prosperidade, basta que medidas profissionais sejam tomadas, planeje, não espere que seu concorrente faça antes de você.Consulte os serviços disponíveis nas áreas Legislativas, Vendas, Tanatopraxia, Atendimento ao Cliente, Assistência Familiar, Tanatologia Exequial entre outros módulos.
Saúde e Paz
Paulo Coelho

Ele Não pesa, Ele é meu Irmão

Ele não pesa, ele é meu Irmão!!!
Leia e depois assista ao vídeo, para melhor entender o que retrata a letra.
Este vídeo clip é sobre um menino que chegou a entidade "Missão dos Orfãos", em Washington, DC. Numa noite de inverno.Foi lá que ficou eternizada a música "He ain't heavy, he is mybrother" dos "The Hollies ".Talvez se você tiver menos de 50 anos não lembre ou não conheça a musica, mas ao ouvi-lá verá o quanto esta atualizada frente as necessidades e a falta de solidariedade.

A história conta que certa noite, em uma forte nevasca, na sede da entidade, um padre plantonista ouviu alguém bater na porta.Ao abri-la ele se deparou com um menino coberto de neve, com poucas roupas, trazendo em suas costas, com outro menino mais novo.A fome estampada no rosto, o frio e a miséria dos dois comoveram o padre.O sacerdote mandou-os entrar e exclamou:- Ele deve ser muito pesado.Ao que o que carregava disse:- Ele não pesa, ele é meu irmão. (He ain't heavy, he is my brother)Não eram irmãos de sangue realmente. Eram irmãos da rua.

O autor da música soube do caso e se inspirou para compô-la. E da frase fez-se o refrão. Esses dois meninos, foram adotados pela instituição. Desta forma convido a todos os amigos e leitores deste blog, que ao longo do ano tratamos de temas profissionais, para dedicar uns minutos neste momento de final de ano, onde nossos corações e mentes tornam-se naturalmente mais sensíveis, acreditando que vale apena refletir e quem sabe incluir em nossos planos de metas para o ano que se aproxima iniciativas para mudar esta realidade que nos cerca, não é necessário mudar tudo ou resolver todos os problemas, apenas basta fazermos nossa parte, como aquele beija-flor que através de sua ação de buscar minúscula gota d’água no rio para apagar o enorme incêndio na floresta, sem se importar com o resultado total, mas tomando para si a sua responsabilidade e assumindo a sua parte no todo.
Podemos fazer a diferença, seja com dinheiro, tempo, idéias, iniciativas, todos podemos construir um mundo melhor e mais fraterno.
Feliz 2010, com muito trabalho, conquistas, aprendizado e realizações e claro, com Saúde e Paz

Paulo Coelho

domingo, 25 de outubro de 2009

Tantologia Exequial


Caros amigos
Será neste próximo dia 29 e 30 de Outubro na cidade de Três Rios, no Estado do Rio de Janeiro que acontecerá o Seminário Internacional de Tanatologia Exequial, onde o brilhante Mestre em pompas fúnebres, o Argentino - Ricardo Péculo dividirá seu vasto conhecimento e experiências com os colegas brasileiros. Para quem tiver a possibilidade recomendo este evento, como fonte importantíssima de desenvolvimento pessoal e profissional.
Na imagem é possível ter maiores informações, ao clicar vai ampliar, possibilitando melhor leitura, a organizadora do evento esta viabilizando transporte entre a Capital e a cidade do evento.
Grande abraço e até lá.

Paulo Coelho

domingo, 20 de setembro de 2009

Microsseguro – Nadando contra a maré

Esta tramitando em Brasília a Projeto Lei que trata do microsseguro, de autoria do Deputado Adilson Soares/PR - RJ, que apresentou na casa o referido PL sob número 3266/2008 e que teve nova redação/apresentação em julho de 2009, onde visa regulamentar serviço especial de seguro de pequenas montas, delimitando os operadores deste serviço e impedindo que não seguradoras possam operar como garantidor destes serviços.
Transcrevo a redação do artigo “5º.Os contratos que prevejam assistência funeral de qualquer natureza, inclusive auxílio funeral, na modalidade de pré-pagamento parcelado ou não, somente poderão ser garantidos por sociedades seguradoras devidamente autorizadas a operar seguros no País, inclusive aquelas de que tratam os incisos I e II do art. 2º desta Lei”.
Segue a proposta: “Parágrafo único. As empresas não constituídas sob a forma de sociedade seguradora que comercializem contratos que prevejam assistência funeral deverão adaptar-se às exigências legais no prazo e condições fixados pelo órgão regulador de seguros privados”.
Que o texto nos mostra que a partir da aprovação da proposta legislativa, apenas seguradoras poderão vender e administrar serviços de assistência funeral, terminando com a possibilidade de existência de planos funerais mantidos direto por funerárias.
Lembramos que esta idéia de planos que desde a década de 60 vem sendo introduzida no Brasil e que possibilitou a fortuna para alguns empresários estão à margem da Lei, uma vez que não oferecem garantias reais aos usuários desta modalidade de serviço, o que o mercado segurador percebeu e busca para si por entender que para garantir riscos deve haver autorização do órgão regulador do setor no caso a SUSEP.
No parágrafo único, foi proposto que as empresas que atuarem com este tipo de serviço que não sejam seguradoras, terá prazo para se enquadrar, ou seja, constituir uma seguradora, ou na impossibilidade disso transferir a uma sua carteira.
Mais uma vez estamos atuando no processo de forma reativa; explico, as lideranças do segmento de planos de assistência que venderam a idéia que esta seria a única saída para o segmento, que se associaram com seguradoras e lhes ensinaram como funcionava o negocio, deveriam ter chamado toda a classe para esta discussão quando o projeto estava sendo elaborado, neste momento onde se apresenta, gastaremos energia, dinheiro e prestigio, sem garantias de reverter o quadro, tendo em vista que as seguradoras já fizeram acordos e venderam sua idéia. Perdemos mais uma vez o bonde da história, se a mobilização fosse antes, cerca de três ou quatro anos, poderíamos ter desenhado todo este processo, mas não, o pensamento era apenas não mexer em nada para não chamar a atenção.
Quando estoura a bomba, a mobilização é feita, para dividir o efeito com todos; este tipo de gestão é comum no nosso meio, abala as empresas que investiram, acreditaram numa proposta e iniciaram a implantação de produto no meio da década de 90 e hoje passam a colher incertezas.
A legalidade de planos de assistência funeral é inviável pelas garantias necessárias, e isso é fato, mas que ninguém quer falar. Alguns que de forma leviana ou imprudente se manifestam alegam que a previsão de tributo pelo fisco municipal é indicativo de legalidade, argumento este extremamente fraco do ponto de vista legal, tendo em vista que o serviço bancário por exemplo, tem previsão de tributação em todas as secretarias de fazenda dos municípios do Brasil, contudo não podemos abrir uma porta como se banco fossemos e no final do período recolher o imposto cabido a esta atividade, devemos preencher tos os pré-requisitos para constituirmos uma banco, licenças e garantias, o recolhimento do imposta é apenas uma determinação para a atividade exercida, pagar imposto como banco ou como plano funeral não garante a nenhuma empresa a sua legalidade.
Os líderes devem ter visão mais a frente dos demais, por este motivo que estão ocupando esta função, se eficazes nesta tarefa, muito bem esta é a função, caso contrario devem arcar com a responsabilidade frente a classe.
Questiono qual será o motivo de no passado terem aberto as portas da informação a todos que quisessem saber como funcionava este sistema, onde foram oferecido: seminários, modelos de contratos, e até visitas guiadas; não seria para aumentar o numero de envolvidos para este momento de litígio, terem mais famílias e empresas envolvidas e fazer pressão aos políticos envolvidos. Acredito que a mobilização poderá amenizar este problema, mas dificilmente resolver, em mais de 15 anos, esta é a primeira vez que há mobilização da classe para discutir este tema, será que apenas hoje surgem as incertezas, dúvidas e os riscos.
Resta saber quais as medidas a serem tomadas, se associação nacional vai transferir para sindicatos as despesas desta luta, se os sindicatos irão despender valores para defender uma causa que é de poucas empresas, se apenas as empresas de plano funeral irão arcar como no passado ocorreu sem haver resultado eficaz ou pratico aos investidores...
Desejo muita clareza para o Diretor Funerário, a fim de escolher o caminho mais adequado, que não permita ser manipulado e que dentro do problema possam tirar lições onde a pró-atividade é o melhor caminho aliado a humildade e dialogo das pessoas que lideram o segmento.
No sitio da http://www.anef.org.br/ acesse o Projeto de Lei na integra.
Saúde e Paz
Paulo Coelho

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O cliente

Vídeo postado no youtobe – enviado por Shirley Galeano
Sem dúvida a razão pela qual existe uma empresa é a conquista e manutenção de clientes, a conseqüência desta ação eficaz está no lucro e desenvolvimento da organização empresarial, mas a forma que tratamos nosso cliente seja interno ou externo, esta atendendo as suas expectativas, ou estamos permitindo que nossa imagem seja abalada.
Em estudo cientifico ficou provado que um atendimento bem feito pode gerar novos sete clientes, já ao contrario um atendimento que deixe a desejar pode render menos 21 clientes em nossas empresas, mas no caso de atendimento desastroso, o que isso pode nos render...
Esse vídeo que recebi de uma amiga demonstra claramente, até que ponto pode chegar um cliente descontente, observem o número de pessoas que já assistiram a este vídeo, para compreender qual devastador pode se transformar uma ação equivocada por parte da empresa no momento de uma operação e a falta de habilidade gerencial, para tratar o caso posteriormente, um fato que poderia ser facilmente resolvido, se transformando em uma ação desastrosa, o que poderia ser a fidelização do cliente, se transforma como no caso uma campanha publicitária contra a empresa.
Disputa de longos nove meses e a empresa decidiu não indenizar, como resultado, foi criado e apresentado vídeo clip postado no youtube, que já recebeu mais de 1 milhão acessos, com a promessa de mais três vídeos a serem disponibilizados, importante ressaltar que esta campanha contra esta girando o mundo inteiro.
Quanto vale averiguar com atenção o caso reclamado, chamar os responsáveis, negociar, no caso específico era um violão, com custo relativamente baixo, buscar compensar o cliente de forma sincera pela falha, aprender com o episódio e ter um aliado neste cliente.
Ou vale a soberba e não admitir que a falha ocorra vezes, que não precisamos deste cliente e deixando a entender que ele “vá se queixar ao bispo”, no caso este não foi ao bispo, mas a “Deus”, que é o cliente da empresa e possíveis novos clientes, dentro da metáfora que o Deus de uma empresa comercial é o publico.
Podemos transformar nosso cliente mais exigente, o que reclama, em nosso aliado. Entendo ser uma das formas de maior consciência empresarial e ferramenta imprescindível de avaliação dos nossos processos e busca da melhoria continua.
Respeito ao cliente, foco no negócio pode certamente garantir o crescimento das empresas sem ter que investir milhares de reais para construir uma imagem ou pior ainda para desfazer imagem de desrespeito.

Saúde e Paz
Paulo Coelho

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Velório - Elaborando um cerimonial


Como deve ser conduzido um velório, qual a finalidade deste momento, pode haver elaboração, dramatização, quais as possibilidades dentro de um ato que marque aos familiares a ponto de tornar a empresa organizadora inesquecível aos presentes.
O velório tem como função básica o inicio da elaboração do luto, dentro do ponto de vista psicológico; também para possibilitar a despedida de amigos e familiares que não tiveram a oportunidade de visitar o falecido quando de sua doença ou por motivos de morte súbita, mas o principal objetivo é confortar a família por este momento de consternação.
Desta forma a família necessita extravasar esta dor, raiva entre outros sentimentos que neste momento aflora, mas qual a melhor maneira para fazer isso, para uns é através do choro, para outros através do silencio, há aqueles que através do riso, depende de cada pessoa.
E como podemos contribuir para que estes sentimentos possam ser libertados e facilitar esta elaboração do luto.
Através dos cerimoniais de despedida! Podemos criar um roteiro nas funerárias onde serão coletados os dados da pessoa falecida para poder identificar em que tipo de cerimonial este falecido e sua família mais se enquadram. Para que não se execute um ritual onde a doutrina católica, por exemplo, seja aplicada para um protestante. Mas alem das questões de cunho religioso temos um universo de possibilidades para utilizar para homenagear o falecido e confortar a família.
Quem não gosta de ouvir falar bem de um filho, cônjuge, irmãos, pais, amigos, pois desta forma em nosso intimo, pensamos que também somos boas pessoas, por sermos próximo a esta que esta sendo elogiado, que contribuímos de alguma forma para que esta pessoa se tornasse alguém admirável.
Necessitamos após colher os dados, saber quem pode ter algo a dizer sobre esta pessoa, colegas de trabalho, companheiros de clube, amigos de escola, familiares, sacerdote e os mais próximos como filhos, genros/noras, afilhados, irmãos e em alguns casos até o cônjuge, mesmo que este momento seja muito dedicado a confortar filhos, cônjuge e pais, pode ser disponibilizado a estes momentos para falar do seu ente.
Importantíssimo é ter um roteiro pré-estabelecido para auxiliar as pessoas que iram se pronunciar, tendo em vista que muitos não têm o habito de falar em publico, estão sofrendo pela dor da perda, podem ser inconvenientes buscando contar estórias engraçadas que pode constranger a família.
Dentro deste cerimonial, deve estar previsto desde a chegada do corpo para velório, onde a urna é carregada por membros da família desde o veículo até a sala velatória, como uma demonstração de horária, onde são convidados seis amigos para conduzir a urna, não sendo feito de forma com que se entrega a geladeira na casa do cliente com dois funcionários quase morrendo para carregar o caixão. É necessário mostrar que apenas seis pessoas terão a honra de conduzir a urna até a sala de velório.
Com base nas informações obtidas nos questionamentos a família, será possível fazer alguns contatos e buscar que pessoas ligadas ao falecido e a sua família tenham acesso ao velório, tornando estes um ato social desta comunidade, já buscando verificar a disponibilidade de pessoas chaves para se pronunciarem, colocando a disposição o pessoal do cerimonial da empresa para auxiliar nas linhas gerais do pronunciamento.
Atualmente, os velórios vêm diminuindo de tempo, dificultando a venda de serviços como Tanatopraxia, urnas funerárias e arranjos florais, pois o argumento da família é, mas já vamos sepultar hoje mesmo, pode ser qualquer “caixão”, desta forma questionamos o porquê isso ocorre, será por falta de amor ao falecido, falta de tempo das pessoas homenagearem quem gostam, ou será por falta de atrativos no velório?
Afirmo que por falta de atrativo. Não que com isso tenhamos que contratar malabaristas, palhaços para entreter velórios, mas podemos criar rotinas mostrando que estamos à disposição e efetivamente trabalhando durante todo o período desde a nossa contratação até após o sepultamento.
1 - Inicio da cerimônia com a chegada do corpo onde a urna é conduzida por amigos mais próximos até a sala velatória;
2 – Leitura de algum poema ou oração quando da abertura da urna;
3- Faltando três horas mais ou menos para o sepultamento iniciam-se os pronunciamentos, na ordem dos mais distantes aos mais próximos, onde todos foram informados do tempo médio dos discursos, colocação de som ambiental mecânica ou ao vivo, pré-selecionada conforme gosto do falecido e da família.
Importante comunicar a sociedade que haverá pronunciamentos a partir de certo horário, desta forma inicia-se um novo habito, das pessoas chegarem ao velório cerca de três horas e não 15 minutos antes do sepultamento.
4 – O sacerdote se apresenta na capela cerca de 30 minutos antes do horário marcado para o sepultamento para os procedimentos atinentes, mas com diferenciais previamente combinados, onde o nome do cônjuge, filhos, netos e pais já foram informados pela empresa, assim como o que fazia o falecido, onde trabalhou o que de bom fez para a sociedade.
Para outras oportunidades deixarei os seguintes tópicos:
5 – A condução da última despedia, que pode se dizer que é o clímax do velório;
6 – Fechamento da urna funerária;
7 – Condução da urna entre a capela e o local de sepultamento;
8 – Introdução da urna no jazigo;
9 – Agradecimento da presença em nome da família;
10 - Entrega de livro de condolências a família;
11 – Sétimo dia de falecimento, oportunidade a ser explorada;
12 – Anúncios, comunicados e homenagens póstumas, um marketing não explorado pelas empresas funerárias.
Não se trata de mega produção, havendo um planejamento, esta execução se dará de forma normal, basta saber a quem atender como atender e porque atender. Dois ou três modelos distintos de cerimonial basta para uma empresa.
Um modelo emotivo, outro pomposo, outro mais sofisticado.
Este é o momento que a empresa funerária pode entrar para sempre no coração da comunidade, mostrando que vender caixão qualquer um pode, mas prestar assistência a família poucas tem capacidade.
Nada disso é de graça, cada minuto deve ser cobrado e tenha certeza que a família pagará de muito bom grado, por perceber que este tipo de trabalho contribuirá para a elaboração do luto, e que a empresa funerária realmente atuou neste momento tão delicado e isso irá fidelizar o cliente.
Saúde e Paz
Paulo Coelho

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Seminário para o setor funerário


Um dos mais capacitados consultores funerários da América do Sul estará no Brasil durante seminário de desenvolvimento na cidade de Tres Rios no Estado do Rio de Janeiro, será grande oportunidade que os Diretores Funerários, Presidentes de Associações e Sindicatos e funerários em geral terão para escutar e dividir experiências com Ricardo Péculo, conhecido na Argentina como o Papa da Pompa Fúnebre.
O evento que esta sendo promovido pelo Instituto Argentino de Tanatopraxia Exequial e o Grupo Funerário PLASF.
Tenho convicção que as empresas que participarem retornaram para suas empresas com muita informação na mala.
Saúde e Paz

Paulo Coelho

domingo, 9 de agosto de 2009

Funerários, Tanatopraxistas, Gerentes e Diretores parabéns pelo dia dos Pais.


Felicito todos os amigos e colegas por esta data. Mas a figura de pai não é apenas para aqueles que através do espermatozóide fecundou um óvulo, ou aquele que num gesto altruísta adota ou aceita dentro de uma relação e cria o filho de outro. É dito que Pai é aquele que cria que educa que protege que dá amor, carinho e acima de tudo valores e exemplo do que é certo e digno.
Mas podemos dizer que também que pai é aquele que através de um empreendimento possibilita o ganho do pão nosso de cada dia, através de nosso trabalho, aquele que ao termos necessidade batemos a porta e dentro da sua possibilidade nos atende, Pai é aquele que mesmo quando falhamos nos chama a atenção com respeito e dignidade, que ao não atendermos as determinações nos orienta na busca da correção de rota.
Desta forma, meus amigos, quero homenagear, neste dia também os nossos empresários do Brasil, que, mesmo com todas as dificuldades enfrentadas, por vivermos num país com um dos custos mais altos, ainda conseguem promover o desenvolvimento, como um Pai que investe num filho.
Vejo que estes empreendedores são verdadeiros pais e heróis, deles dependem chefes de famílias, que sendo pai, mãe ou filho.
Parabéns aos mãe/pai, filho/pai e todos aqueles que através de sua dedicação e trabalho honesto provem outros que de si dependem.
Saúde e Paz

Paulo Coelho

sábado, 1 de agosto de 2009

Feira funerária no Ceará




O sindicato das “Gurias” do Ceará comandado pela eficiente Iracema Nobre realizou nestes dias 30, 31/07 e primeiro de agosto evento que reúne na Capital do Estado do Ceará fornecedores, prestadores de serviços funerários e cemitérios.
O evento teve cobertura da afiliada da Rede Globo TV Verdes Mares, assista o vídeo acessando o Link http://tvverdesmares.com.br/bomdiaceara/feira-funeraria-em-fortaleza/?cfemail=posted#cforms2form .
Apenas desconsiderem na reportagem a apresentação de uma máquina como sendo de Tanatopraxia, que na nada mais é que uma capota para veículo fúnebre, mas que por equivoco, foi apresentado como maquina de Tanatopraxia, alem de um entrevistado não conseguir pronunciar de forma correta o nome da técnica que sabemos realmente que serve como enrola língua, onde se houve tanatoplaxia – entenda-se Tanatopraxia. Isso mostra que devemos conhecer o tema e apenas nos manifestar quando temos absoluta certeza das informações que passamos, ainda mais quando falamos para a mídia.
Parabéns ao Sindicato das Empresas Funerárias do Estado do Ceará e a toda sua Diretoria, que através do trabalho proativo constrói uma entidade forte.
Que venham mais eventos funerários pelo Brasil, com possibilidades de conciliar feiras e seminários.
Saúde e Paz
Paulo Coelho

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Cuidando dos cuidadores


Mesmo sendo enfadonho o tema, por estar em todas as mídias, entendo ser relevante, mais uma vez tratarmos do tema neste espaço, a GRIPE H1N1 esta ativa e levando pessoas a óbito por decorrência de outras doenças, e isto é uma realidade e merece nossa atenção.
Alem deste manual de sintomas e que pelo percebido pode haver variações, vale termos alguns cuidados para que nossos colaboradores e colegas não estejam tão expostos ao contagio.
Lavar as mãos com sabão com freqüência e fazer assepsia com álcool gel, principalmente antes das refeições, fumar e beber.
O uso de mascaras é recomendado apenas para quem esta gripado, e nos casos de lidar com cadáver, muita atenção, a mascara comum, de TNT não garante a segurança, o ideal é a mascara com filtro biológico, mas na impossibilidade desta, utilizar a mascara tipo bico de papagaio que é revestida duplamente, procurar manusear o cadáver em ambiente arejado, cuidar muito ao trocá-lo de mesa e ao por na urna, devido ao movimento que possibilita a saída de ar dos pulmões ocasionando a expelição junto com o ar os agentes contaminantes da gripe.
No momento do descarte do EPI, cuidar para que não haja contato com a pele, estocá-lo em local arejado até que seja recolhido pelo serviço sanitário com destino dado ao lixo hospitalar e lavar as mãos e rosto após este procedimento.
Importante lembrar que todo resíduo proveniente de empresa funerária é considerado lixo hospitalar, desta forma não pode de forma alguma ser destinado ao recolhimento de lixo domestico, com base nas normas da ANVISA.
Empresa consciente cuida de seus colaboradores, funcionários que respeitam seu serviço e suas famílias cumprem as normas de segurança e utilizam Equipamento de Proteção Individual.
Mais informações acesse http://www.respostasgripesuina.com.br/
Saúde e Paz
Paulo Coelho

domingo, 19 de julho de 2009

Tanatopraxia

Alguns de forma equivocada acreditam que este procedimento é apenas o ato de injetar liquido conservante em artérias, retirando fluidos corpóreos por veias, aspirar cavidade torácica e abdominal e injetar liquido conservante nestas últimas citadas, mas isso é um grande engano.
O procedimento de Tanatopraxia é uma pratica que requer estudo do caso concreto a ser realizado, mas para tanto se faz necessário que o executor seja mais que um aplicador de líquidos, deve conhecer anatomia, biologia, ter noções de química, alem de conhecer minimamente procedimentos legislativos específicos ao trabalho realizado.
Se bem treinado até mesmo um primata poderia ser um pratico em Tanatopraxia, uma vez que criar acesso e encontrar artérias e veias é simples, controlar a entrada e saída de líquidos também, assim como a aspiração vendo meia dúzia de vezes é possível se executar, contudo estamos falando de um procedimento complexo, em um cadáver humano, que por erro em sua aplicação pode deformar a pessoa falecida, causando constrangimento para a família e um monstruoso processo para a empresa funerária.
Recentemente dois casos envolvendo a preparação de cadáveres chamaram a atenção do noticiário brasileiro nesta última semana, o primeiro foi fechamento de uma empresa nos EUA por ter cortado as pernas de um cadáver a fim de possibilitar que este entrasse na urna funerária, tendo em vista que este media mais de 2 metros de altura e a empresa não dispunha de urna adequada para tal fim. O outro caso ocorreu na Capital Gaucha, onde por pouco uma empresa não remeteu ao exterior um cadáver com drogas alojadas em seu intestino.
Este caso ocorreu por que o cadáver que estava chegando em Porto Alegre trazendo a droga do Paraguai faleceu por emorragia cerebral, fato que mesmo tendo sido encaminhado ao DML (Departamento Médico Legal), e submetido a necropsia não foi possível identificar a droga no intestino do falecido, tendo em vista que o legista buscava determinar a “causa mortis” tendo como principio o encaminhamento por parte do médico que o encaminha por causa determinada, desta forma seguindo o protocolo o exame é pontual pela causa apontada pelo médico clinico que tratou quando no Hospital.
Na empresa funerária foi localizada a droga para a surpresa geral, e o proprietário deu declaração para o jornal Zero Hora dizendo “ – Imagina se meus funcionários não encontram a droga e o caixão é levado para o aeroporto e lá acham as cápsulas? Quem iria se incomodar seria eu!
De fato ao localizar a droga no aeroporto ou outro local deveria haver muita incomodação para a empresa funerária, mas isso apenas porque os protocolos de translado internacional não estavam sendo respeitado e nisto vai um alerta a todos os envolvidos, quais sejam: ANVISA, Secretaria Estadual da Saúde, Secretaria Municipal da Saúde, Policia Civil e Policia Federal, Central de Atendimento Funerário de Porto Alegre e Comissão Municipal de Serviços Funerários, alem das normas de preenchimento de Ata médica que deve constar nesta: “evisceração total do cadáver” preenchida toda a da mesma maneira, ou seja, por computador, ou toda a Caneta e o principal a forma correta de execução do serviço, que deve ser da seguinte forma: evisceração total do cadáver com retirada total do sistema digestivo, iniciando-se na língua até o reto, com retirada de todos os órgãos além claro do cérebro.
Lembramos que para execução deste procedimento alem da autorização habitual para o procedimento, a empresa funerária deve também obter autorização especial para descarte do material retirado, remetendo para empresa especializada em coleta de lixo hospitalar.
Estas questões devem ser discutidas em cursos de Tanatopraxia, na parte da legalidade de procedimentos e documentos, tendo em vista que por falta de instrução a empresa pode ser penalizada.
Lembro-me de uma ocasião que estava enviando um cadáver para a Alemanha, ficando responsável também pelo envio das bagagens, o procedimento estava todo dentro do padrão e como foi executado seguindo todos os protocolos não havia o porquê se preocupar, ocorre que as malas estavam chaveadas e por não termos motivo para abri-las assim permaneceu até chegar ao aeroporto, quando o agente da Receita Federal ordenou que eu abri-se as malas, lembro do comentário, se houver qualquer coisa errada ai dentro é tua responsabilidade, ponderei que com o corpo eu sabia que estava tudo certo, mas quanto às malas, não sabia de nada... Ao iniciar a abertura, foi determinado que medicamentos fossem descartados, assim como perfumes e desodorantes, que foi colocado no lixo ali mesmo; na segunda mala das três que haviam, foi encontrado enrolado num em jornal um material em forma retangular de consistência dura, na cor branca... não preciso dizer que fiquei congelado... mas ao desembrulhar verificamos que se tratava de um quadro em gesso do Santa Ceia, o Agente ainda comentou, “ essa foi por pouco”, o falecido um senhor de quase 70 anos de idade, que viajava com um grupo de amigos, não levantava suspeita, mas se outros estivessem aproveitando para no meio de sua bagagem remeter algo para a Europa.
Bem a lição foi que sendo imprescindível este serviço de despacho de malas, o faríamos, mas com muita cautela, abrindo a mala na presença dos responsáveis e conferindo item por item a ser enviado, caso contrario não nos responsabilizaríamos por tal tarefa.
Lembro de outra situação onde uma grande empresa da Capital Gaucha mandou um cadáver para os EUA e por não terem executado o procedimento de forma correta, o gerente e o embalsamador ficaram proibidos de entrar naquele País, pelo que soube foi porque não retiraram o cérebro do cadáver, questão primaria, tendo em vista que todos sabem que este órgão é um dos primeiros a se decompor, desta forma o cadáver chegou sem condições de velório, o que logicamente nos remete mais uma vez as questões acadêmicas que devem ser melhores aplicadas ao se voltar dos cursos.
A execução destes procedimentos por práticos nos leva a este tipo de situação, não que ter um técnico nos garanta cem por cento de certeza que os procedimentos sejam eficazes, mas é muito mais provável que isso ocorra de forma correta por um técnico do que por um pratico como pudemos perceber no caso acima citado.
Se fossem utilizados os protocolos adequados, o máximo que ocorreria seria a empresa, deste caso relatado no jornal desta semana, mandar para incineração ou autoclavagem a droga que estaria no intestino do traficante, mas de nenhuma forma seria mandado de volta para o País de origem ou detectado pela Policia Federal, uma vez que não cabe a empresa funerária encontrar drogas em corpos, ainda mais que ao localizar pode pairar desconfiança da quantidade encontrada e quantidade informada.
Fica um alerta para as autoridades constituídas para verificar quem faz, que tipo de procedimento e de que forma estão fazendo, tendo em vista que trafego de cadáver pelo que foi noticiado no passado ocorre, e em busca de dinheiro “fácil” poderá alguma empresa com diretores inescrupulosos ou funcionários mal intencionados passar a utilizar os cadáveres como “mula”. Dentro desta situação uma velha sugestão para que o translado de cadáveres seja restrito a empresas da cidade do óbito, empresa da cidade onde será sepultado, ou empresa da cidade da liberação do cadáver, permanece latente.
Para quem não sabe desta situação relato rapidamente: Cadáver falecido em Viamão-RS, Necropsiado em Porto Alegre-RS, transladado autorizado para Erechim-RS, transportado por empresa de Canoas-RS, entregue a outra empresa em Passo Fundo-RS, interceptado na cidade de Jacarezinho–PR, com destino a Universidade do Litoral de São Paulo, fato importante, documentos de translado e certidão de óbito falsos, outro fato - cadáver que tenha falecido por causa suspeita ou violenta não pode ser doado para Universidade – Lei das doações de cadáveres para fins de estudo -, o familiar também era falso, e para terminar: foi dito que o cadáver estava sem o cérebro quando segunda necropsia realizada no Paraná.
As perguntas que ficam, para onde vai o nome da empresa funerária envolvida neste tipo de escândalo, e é isso que queremos para nosso segmento.
Treinamento e controle dos protocolos de execução dos serviços, isso faz com que seja possível minimizar os riscos que envolvam este trabalho tão importante, que é uma mistura de arte com ciência.
Saúde e Paz
Paulo Coelho

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Velório
















Fotos: Internet 09/07/09 abril.com
O velório é o ato de viagiar o corpo da pessoa falecida, tinha inicialmente a esperança que a pessoa acordasse se estivesse com distúrbio de catalepsia – onde o paciente tornasse imóvel com baixa nos sinais vitais aparentando morte – esperança muitas vezes criadas pela negação da morte, que esta dentro dos ciclos de elaboração do Luto. Desta forma os velórios passaram a se popularizar, alem da necessidade de se fazer algo com o falecido até que a urna funerária ficasse pronta e os preparativos no cemitério fossem alocados.
Atualmente o velório faz parte da vida das comunidades, apesar de estarem diminuindo consideravelmente o tempo de execução, principalmente no Brasil. Em países como nos EUA o velório pode demorar para iniciar mais de 24 horas em casos normais e ocorrerem por uma semana, durante o horário comercial de segunda a sexta feira, na Alemanha é comum velórios de até 14 dias.
No caso do velório do cantor Michael Jackson, o velório ocorreu em local especial, devido a sua importância para o mundo artístico. O ginásio Staples Center, foi especialmente preparado para receber a urna funerária do Astro, juntamente com inúmeras coroas de flores e arranjos, o cerimonial foi minuciosamente preparado para que fosse possível receber os convidados para a última homenagem de corpo presente ao ídolo. Mesmo com a urna funerária fechada, e com a dúvida se o corpo do cantor estaria ou não dentro dela, juntaram-se cerca de 8 mil pessoas que receberam o direito de entrar no ginásio para homenagear e ver o tributo a Michael Jackson.
Que maravilhosa homenagem foi feita ao Rei do Pop, claro que fazer show durante o velório é para pessoas muito especiais, mas a parte dos discursos, isso é possível para todos os velórios, quem não tem um amigo que lembre de uma história pitoresca, de companheirismo, de amizade, de gratidão, de generosidade, um filho que queira agradecer os valores morais e éticos recebidos dos pais, ou as alegrias proporcionadas por um filho que se vai; tenho convicção que havendo um planejamento, perguntas certas, é possível conseguir entre cinco e dez pessoas que queiram e possam falar durante o velório, tornando este mais confortante para a família.
A musica é outro ponto importante, uma vez que tranqüiliza e permite aliviar as tensões do ambiente, assim seja musica mecânica (cd) ou por instrumentos, é possível que se coloque a disposição da família durante determinado momento do velório.
Havendo tempo hábil, montar uma apresentação multimídia para que seja apresentada durante o ritual de despedida, também é uma possibilidade muito bem aceita.
Estes produtos e serviços devem ser planejados com antecedência, ou seja, contatar músicos que se disponham a tocar nestas ocasiões, ter roteiros diagramados de falas e questionários, para que os amigos e familiares que queriam falar saibam o que pode e o que não é aconselhavel, que deve ser algo sóbrio, uma vez que não se busca constranger ninguém e este ato é solene e de respeito tanto ao falecido quanto a família deste.

A prefeitura de Los Angeles informou que o custo com a montagem do aparato de segurança pública para o acontecimento apenas com horas extras dos policiais teria chego a U$1 milhão, pelas informações recebidas até o momento não houve nenhum incidente durante o velório.
Mas o que nos deixa de lição este acontecimento...
Primeiro que a morte dá tanto ou mais ibope quanto uma posse presidencial;
Independente de quem seja é um fato social importante para a comunidade, podendo ser maior ou menor com base na importância do personagem para a sociedade;
A família – pais, filhos, irmãos e cônjuge, alem dos amigos sempre buscam a melhor homenagem possível, independente da classe social;
O velório com urna fechada, pode causar certa angustia e dificuldade na elaboração do luto, uma vez que é importante ver o falecido na urna para iniciar o processo de aceitação do fato ocorrido;
Não ver o sepultamento igualmente dificulta esta questão de aceitação, uma vez que se perde a referencia para dirigir uma oração, deixar as flores;
A maior lição que obtive foi a certeza que estamos num segmento cheio de possibilidades mas se continuarmos a vender CAIXÃO não conseguiremos jamais garantir nossa permanecia neste mercado, seremos literalmente engolidos pelas grandes redes, tanto nacionais quanto internacionais ou por outros mercados e até mesmo rejeitados pelos nossos clientes que buscam sempre mais, mais qualidade, mais atenção, mais confiança, mais humanidade, mais inovação, mais opções.
A um produto não deve representar mais que 25% do faturamento de uma empresa que é prestadora de serviço, é necessário inovar sempre, nem todo dia falece um Pop Star, mas todo dia falecem pessoas que necessitam de produtos e serviços especializados, devemos estar prontos para suprir a necessidade deste cliente, mas para isso precisamos nos qualificar.
Voltaremos a este tema para tratar de cada tópico abordado.
Saúde e Paz
Paulo Coelho

terça-feira, 30 de junho de 2009

Os ritos



Nascemos, vivemos e morremos.
Mas o que acontece entre o inicio e o fim é o que marca uma vida, desta forma nossas atitudes são determinantes para avaliação deste percurso.
Ao nascermos, contamos com o prestigio de nossos pais e familiares, que estarão conosco na cerimônia de batismos (para os católicos) apresentação (para os pentecostais), no primeiro ano de aniversário, por toda dificuldade que existia antigamente para uma criança chegar nesta idade, faz-se grande festa, ainda hoje mantida a tradição, quem vem comemorar são ainda os amigos de nossos pais e seus filhos da mesma faixa de idade, já buscando iniciar relações futuras para o aniversariante.
Aos quinze ou dezoito anos, no primeiro para meninas e o outro aos meninos, iniciamos outra fase aonde quem vem festejar são familiares, alguns poucos amigos muito próximos dos pais e os amigos do aniversariante, iniciando sua rede pessoal, que serve como forma de apresentar este jovem a sociedade.
No Casamento, igualmente temos a família dos noivos, amigos dos pais – normalmente os mais importantes – e a grande rede de amigos dos noivos, onde é anunciado para a comunidade que uma nova família se forma. O inicio marcante serve para anunciar que a busca pelo prestigio, reconhecimento pessoal e poder, iniciam-se também nesta nova unidade familiar que se fortalece através da união destas duas famílias, ou seja, ambas estão fortes e atuantes na sociedade, inclusive demonstrando seu poder financeiro e prestigio através da dimensão da festa, numero de convidados e das pessoas importantes presentes nela.
Temos neste momento quase que um ciclo encerrado, não fosse pela ausência até o momento da única certeza desde o início do ciclo.
Mas antes disso vamos discorrer sobre os aniversários ao longo dos anos de vida, que atualmente ocorrem cerca de 75 vezes, para que comemoramos estas datas, inicialmente para mostrar que existimos, vencemos barreiras, iniciamos novas fazes, quando adultos continuamos a fazê-lo para comunicar a sociedade que ainda estamos no “mercado” ou seja vivos e atuantes, que progredimos – isso demonstramos através da festa – uma forma de agradecer a todos que nos são caros e principalmente a vida por sua generosidade, a demonstração de sucesso esta na quantidade de pessoas nas festas e nos locais cada vez mais sofisticados onde festejamos...
E quando chega a morte... o último ato onde nosso corpo que carregou nossa essência durante esta trajetória estará junto, que é a forma pela qual a maior parte das pessoas pode ter como referencia de outro ser, através da imagem, do contato, ver e sentir... o que devemos fazer, como proceder, esta é a pergunta.
O que significou para sua família, amigos, colegas e conhecidos, sociedade e comunidade, que legado foi deixado, todas estas questões devem ser analisadas para que não cometamos nenhuma injustiça com a memória da pessoa que parte neste momento.
Qual a forma mais adequada de valorizar esta vida...
Voltaremos neste tema mais profundamente num próximo momento, hoje apenas uma rápida pincelada para dizer que os ritos de passagem, são fundamentais para a existência dos seres humanos, estando inseridos em nossas vidas apenas aguardando para serem decifrados.
Neste artigo, busco fazer uma homenagem aos meus amigos, colegas e conhecidos mesmo que apenas de internet, pela homenagens e mensagens recebidas pela passagem de mais um ano, com o privilégio do convívio com vocês.

Saúde e Paz
Paulo Coelho

Morre um ASTRO


O significado da morte é algo que pode mexer com o mundo, com um continente, com um país, uma região, um estado, uma cidade, um bairro, uma rua ou uma residência.
Mas indubitavelmente mexe com pessoas, seja em grande número como nos casos de morte de artistas ou poucas pessoas nos casos de cidadãos comuns.
O que se pode observar é que este fato que é o mais certo de todos a partir do nascimento é marcante para a sociedade, os desastres como nas quedas de aviões, das torres de Nova York, mexem com mais pessoas do que os casos de óbitos de desconhecidos que falecem de causas naturais, apenas diferindo o nível de valoração externa dada a cada caso.
Independente do falecido, o que se busca sempre não é apenas anunciar uma morte, mas sim celebrar aquela vida que foi vivida, esta é a função do velório na atualidade, e para que possamos atuar de forma adequada, precisamos tratar cada família que chega a nossas empresas como se estivéssemos recebendo o Rei da Inglaterra para tratar da morte da Rainha, ou a primeira dama do Brasil para tratar do velório do Presidente, devemos estar prontos a cada dia a cada segundo para efetuarmos o atendimento de nossas vidas, em termos comerciais e humanos.
Não importa se quem nos procura é morador da vila, que não tenha reconhecimento ou prestigio social, se quem morreu é um “marginal” ou é autoridade, que nos basta saber é que estamos sendo procurados para tratarmos das homenagens póstumas a um ser humano, que para algumas pessoas era mais importante que todas as celebridades juntas. Nossa missão esta em confortar e acolher a família, através do profissionalismo, sem se envolver sentimentalmente, tendo em vista que a busca da família não é por pessoas para chorar junto, mas por profissionais, que com a sensibilidade de ser humano não a trate como mais um.
Esta distinção faz com que as empresas se diferenciem vender caixão e levar para o cemitério, qualquer um pode fazer, mas acolher a família, buscando saber o que ela necessita e não sabe, esse é o diferencial das empresas de sucesso e das demais empresas. Importante salientar que o sucesso da empresa não esta na conta bancaria ou nas instalações, mas sim na forma com que se conduzem os procedimentos internos, o que não aparece, como no laboratório de Tanatopraxia, nos investimento em qualificação dos profissionais, tanto no atendimento quanto nas áreas de retaguarda.
Não importa a classe social, todos os familiares querem o melhor para seu ente querido, seja como forma de resgate, seja como meio de agradecer por valores aprendidos, amor recebido ou por não saber expressar quando este ainda estava vivo, nosso papel é descobrir de que forma podemos ajudar estas famílias a resgatarem estas questões, pois o momento de chorar é este, durante o velório, nenhum choro irá suprir este que deixou de ocorrer durante o velório, podendo ocasionar uma elaboração do luto problemática que pode levar a depressão outros males da saúde.
Tratar como se todos fossem celebridades e que estamos organizando um velório para comemorar uma vida vivida, esta é a mensagem que divido com vocês meus amigo e colegas.
Saúde e Paz

Paulo Coelho

domingo, 28 de junho de 2009

Primeiro caso de óbito por Gripe Suína ou H1N1

Iagem: Internet - google - 28/06/09
Neste domingo ocorreu o primeiro caso de morte por vírus da Gripe H1N1 na cidade de Passo Fundo - RS.
Até o momento não foi editada norma ou tipo de cuidado necessário para tratamento em caso de óbito por este tipo de vírus.
Com esta preocupação a ABT e ANEF, buscou informações em diversos compêndios, jornais e autoridades sanitárias para saber como proceder em caso de óbito, por esta causa.
Tendo em vista que se trata de vírus, semelhante ao da gripe comum, assim se propaga pelo ar, através de ambientes fechados, pelo espirro, tosse, secreções seja nasal ou bucal.
As autoridades recomendam que não se utilize ambientes coletivos fechados, buscando sempre que possível arejar/ventilar bem estes locais e lavar bem as mãos, seguidamente ou após manuseio de animais, lixo, outras pessoas, materiais coletivos e antes de refeições.
Quanto a manuseio de cadáveres, é fundamental a utilização de EPI´s completos, jaleco, botas, luvas, óculos, mascara, neste caso com filtro biológico e após descartar o material de forma adequada, após o uso, sem haver contato com os descartáveis contaminados, outra preocupação é quanto a preparação, que deve ser feita em laboratório de Tanatopraxia, com ventilação adequada.
O procedimento mais indicado é a Tanatopraxia, onde há a higienização completa interna e externa do cadáver, com a aspiração posterior, retirando gases e líquido do pulmão, inserindo-se liquido conservante que evitará a propagação ou formação de gases que posteriormente poderia ocorrer a expulsão destes para o meio ambiente, normalmente no velório, que, em via de regra é local fechado, portanto pouco ventilado.
Por precaução não transportar o cadáver na urna definitiva, utilizando urna de fibra para busca em hospital ou IML/DML, a roupa da mesma forma, deve ter contato com o cadáver apenas após a Tanatopraxia.
O Agente funerário e todos que tiverem contato com o cadáver devem se proteger com luvas e mascara do tipo filtro biológico e lavar bem as mãos e rosto após esta proximidade.
A urna recomendada para o procedimento de Tanatopraxia é urna normal, mas recomendamos que seja com visor fechado, nos casos de não submetido a Tanatopraxia é fundamental que se utilize urna de zinco ou fibra, lacrada através de estanho, chumbo ou fibra de vidro, permitindo que esteja hermeticamente fechada.
Lembrem-se que o maior bem que o agente funerário tem é sua saúde, assim não devemos nos descuidar, ao mesmo tempo nossa maior responsabilidade é garantir que as famílias não levam para casa nada alem da saudade do falecido, nos cabe trabalhar para garantir a salubridade das famílias que nos contratam.
Saúde e Paz

Paulo Coelho

sexta-feira, 12 de junho de 2009

A conquista do cliente

As empresas buscam a cada dia conquistar clientes, dentro de um Mercado de livre comercio, este tema desperta interesses dos empresários, que investem grandes somas em busca da formula ideal, dentro do serviço delegado isso muitas vezes é problemático.
Os serviços delegados que tem como predominância, ser um monopólio ou oligopólio, muitas vezes prejudica a comunidade pela falha ocasionada em virtude da falta de concorrência, garantindo aos prestadores serviços menos eficazes, valores mais elevados e baixos investimentos.
Podemos ter como exemplo o caso do município de São Paulo, onde há inúmeros problemas de ordem administrativa, taxas elevadas em relação ao serviço oferecido, muitas pessoas estranhas atuando no segmento, acarretando problemas para os usuários, há também os locais onde as centrais determinam quem deve executar o serviço, obrigando desta forma a população aceitar determinados prestadores de serviços que não o de sua preferência, por outro lado há também locais onde as centrais possibilitam que a família primeiro escolha o prestador de serviço, mas caso não queira exercer seu direito, poderá ser indicado um prestador, sem a obrigatoriedade de contratação.
Vamos analisar pelo ponto de vista do empresário nesta primeira situação aonde o cliente chega a sua empresa sem que possa optar por outra, qual a motivação para a conquista de novos clientes, porque esta empresa iria investir em sede, laboratório de Tanatopraxia, veículos adequados, capelas, qualificação da equipe na área de atendimento ao publico, inovar através de serviços de cerimonial, atendimento psicológico, social entre tantas outras possibilidades de diferenciação, se o cliente que entra em sua empresa não poderá retornar.
Pela minha experiência, adquirida através da generosidade de colegas que sempre me receberam em suas empresas posso garantir, que esta forma de negócio não é a mais eficaz, pode até dar retorno em curto prazo, mas a médio ou longo irá se mostrar destrutiva, uma vez que a empresa não adquire identidade junto à comunidade onde esta instalada.
Exemplo claro do ponto de vista positivo do ivestimento é o que ocorre na cidade de Caxias do Sul, onde a há três empresas, onde os empresáros poderiam ter se organizado e criado barreiras legislativas para garantir o mercado, mas ou invés disto decidiram pelo investimento, criando dois centros funerários fantásticos, com capelas, laboratório de Tanatopraxia, alem de um dos grupos ter implantado um crematório que atende todo o Estado do Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina, o investimento constante no mercado é a marca destas duas empresas, como temos muitos outros exemplos Brasil a fora, como é o caso do Grupo Cooper de Curitiba que tem alem da sede da empresa tem as salas velatórias magníficas e também investiu em crematório no Estado de Santa Catarina na cidade de Camboriu.
O que deve ser repensado é a questão de planos funerários desvinculados a empresas funerárias, laboratórios de Tanatopraxia sem funerária, terceirização de veículos a empresas estranhas ao segmento, ou seja, questões de abertura do setor para outros ramos que não sejam os funerários. Entendo que planos e seguros tenham que pagar pelo que estão vendendo efetivamente, sem que haja grandes descontos e possibilidade de “leilões”, para isso não ocorrer cabe aos diretores funerários se organizarem, e no tocante ao poder publico, fiscalizar que tipo de serviço é vendido e que qualidade é entregue, não sendo permitida a troca de urna como ocorre em Curitiba, por exemplo, que o plano paga o padrão básico à empresa funerária e depois troca de urna durante o velório, deixando a despesa para a funerária e retendo o lucro.
Mesmo nosso mercado sendo essencialmente público e delegado a iniciativa privada, havendo mais de uma empresa na cidade, deve ser respeitado a liberdade de mercado, onde a família enlutada deve sempre ter o seu direito de escolha assegurado.
Espero que as prefeituras onde exista este tipo de problema percebam o mau que estão fazendo para o desenvolvimento do mercado e o prejuízo acarretado às famílias, revogando certas determinações que proíbam as famílias de optar pelo seu prestador de serviço.
Saúde e Paz

Paulo Coelho

sábado, 23 de maio de 2009

Entrevista com Ricardo Péculo


O nosso blog, passará a apresentar perfil de alguns importantes membros do segmento funerário e mercados afins, neste primeiro encontro o nosso entrevistado é o Consultor Funerário Ricardo Péculo, Argentino, especializado em Pompas Funebres e Tanatologia Exequial, que alem de grande profissional, é meu grande amigo pessoal.

Ricardo Péculo, irmão de falecido Alfredo, ou o rei do funeral na Argentina. O homem que vive do serviço Fúnebre. Durante anos a liderar a Funerária Paraná, a maior e mais tradicional do país. Por onde passou os corpos de Arturo Frondizi e Carlos Menem Jr.. Mas há também o fotógrafo José Luis Cabeças, e a última mudança, por assim dizer, dos restos mortais de Perón à Quinta de São Vicente.
Mais notável, porém, é a obstinação do féretro do empresário que insiste em popularizar os ritos funerários na televisão a cabo. Ao esperar para conhecer a empresa funerária a repórter observa...
... No primeiro andar de uma casa funerária em Martinez, a norte da província de Buenos Aires. O quarto é frio e azul e tem uma janela para introduzir muito mais do que a luz: o outro lado do vidro há a rua, as pessoas, as árvores, os cães, a vida desenho de uma criança que não sabe. Mas aqui dentro, com as costas para uma janela enorme, com foto no meio de todos os caixões, a espera, um homem de pé ali, gritando. - Não diga caixão, querida! Trata-se de ataúde! A forma correta de chamar a peça. Repeti-me: a-ta-ud (em espanhol). -A-ta-ud (a-tau-de). - Por que dizer repórter "casa"? São palavras diferentes. São coisas diferentes. Eu nunca mantidas as chaves do meu carro no caixão do desktop, que isso significa? Ricardo Péculo é duro, de fino queixo, magro e possui uma risada que deixa um rastro no ar, de presença marcante, que impõe respeito e confiança, mas mostra ser duro ao tratar do tema. Profissional do ramo, há décadas, o rei do funeral na Argentina.
Durante anos, ele conduzido, juntamente com seu irmão já falecido, Alfredo Péculo - Cochería Paraná, a maior do país. Organizou o funeral de Arturo Frondizi e Carlos Menem júnior. Preparou a despedida do fotógrafo José Luis Cabezas. Dirigiu a última transferência – translado de restos mortais entre cemitérios, do Presidente Argentino Juan Domingo Perón em San Vicente. Organizou o famoso cerimonial do Polícial Aldo Garrido. E agora, os seus cinquenta e oito anos, fez sua vida um fantástico cocktail. Por um lado, ensina no Instituto Argentino de Thanatology Exequial (onde se ensinam técnicas e disseminam informações relativas ao funeral rito) e em segundo lugar, ele fala da morte em casa. No ano passado, o canal Utilísima TV a cabo- onde foi proposto a lançar um ciclo de programas Daqui a Eternidade, uma visão profissional, didática e humanizada do serviço Fúnebre, sendo o primeiro de sua categoria em toda a América Latina, onde Péculo estava ajudando aos telespectadores a compreender este serviço, disponibilizou informações não de como se faz um casamento ou um batismo, mas uma cerimônia fúnebre e a complexidade desta. A receptividade foi tão bem sucedida que em abril próximo Péculo começa com a segunda temporada. Nos horários - à meia-noite às terças-feiras e sábados às 21,30, Utilísima repete a primeira temporada e permite ser revisto: uma espécie de tabela de vida Greco, ensinando aos telespectadores que possam conhecer as diferenças entre um cemitério municipal e um privado; para escolher o caixão; para selecionar a sequência de vestuário; para a concepção de um túmulo; e compreender os benefícios da tanatoestética. Que é a disciplina responsável pela morte melhor aparência da pessoa falecida.
RP-Precisamos nos antecipar diz Péculo. As pessoas vivem tomando as decisões erradas, porque nunca, até que ela morra, ela falou da morte. A minha aposta é que com o programa, facilite aos telespectadores, e que estes possam programar um funeral para homenagear uma pessoa. Eu não falo da morte. Falo do tributo.
Entrevistador- A proposta veio do canal Utilísima ou foi você que fez?
RP - Podemos dizer que de ambas as partes. Eu procurei todos os canais de TV e ofereci o programa, e não foi aceito, foi igual ao que ocorre ao não se aceitar a própria morte. Até que a Utilísima foi comprada pela Fox, como a Fox é de Los Angeles e por lá há outra mentalidade, disseram, que colocariam esse programa no ar. O que todos me diziam ser um delírio de minha parte, acabou sendo um sucesso. Alessandra Rampolla fala de sexo, e eu falo de morte. São tabus. Por certo. E num primeiro momento, quando Alessandra disse que "tudo é sobre sexo", foi uma loucura, e agora é uma sensação Alessandra no AR, que é onde ela chegou. Para mim também, como no sexo, na morte vale tudo. Todos os crédulos são válidos. E, como as senhoras são ensinadas a fazer um bolo ou para organizar um casamento, eu simplesmente vou ensinar-lhes a se preparar para as possibilidades de um velório.
Péculo é praticante de pára-quedismo, mergulhador e aviador civil, jogar golfe e pato (esporte nacional – Argentino), alem de salto eqüestre, ginástica ornamental, dentro das atividades cívicas e comunitárias é membro fundador do Rotary Club, ex-vereador de San Isidro e PJ como homem é o pai de família, casado com Gabriela - , tem três filhos e uma neta. Em resumo: Péculo é um homem cheio de vida. E este seu entusiasmo garante que permanecerá com ele até o túmulo.
Quando ele morrer, pretende garantir que o seu estilo gaúcho esteja marcado em seu vestuário, fato este assegurado quando da morte de seu irmão, Alfredo, que começou o negócio com a Cochería Paraná – (Funerária nome dado a funerária em Espanhol), quarenta anos atrás.Nessa altura, no final dos anos 60 - Ricardo Péculo ignorava totalmente o tema fúnebre. Mas logo em seguida começou a se interar e rapidamente passa a freqüentar a velórios, buscando conhecimentos, semelhante ao que um piloto faz para adicionar horas de vôo. E a experiência logo passou a render frutos. Alguns anos mais tarde, a Cocheira Paraná passaria a ser a maior do país. Em termos econômicos, significava um bom negócio: há alguns anos era vendida a um grupo espanhol. Em termos existenciais, a empresa se tornou um local de morte, tão leve, que deixaria de ser um fantasma.
Entrevistador -Sei que existem pessoas cujo último desejo é de ser cremada e ter suas cinzas espalhadas, por questões de higiene e para Você, a cerimônia fúnebre está sendo perdida?
RP - Essa é uma história chinesa. As pessoas dizem estas coisas quando você não tem a intenção de morrer, algo que normalmente ocorre um dia antes de morrer. Garanto-vos que as pessoas, quando está perto do fim, buscam ser honestas. Pedem coisas. Eu vi pessoas sendo enterradas com a camisa do Boca (tradicional time de futebol da Argentina), sob o terno, com bolas de golfe, vara de pesca, bola de futebol, CAMISAS diversas, guitarras. Então nós argentinos que somos muito vaidosos vamos querer sair deste mundo despercebido. E tu, por exemplo, que planos tem para sua própria morte? - ... Não é mau agouro falar sobre morte. O que acontece é que você não está acostumada. Este é um dos grandes problemas da sociedade e é o que estou tentando falar.
Poderia fazer uma sugestão? Ele diz que Diego Levy, o fotógrafo da presente nota, queria que a Urna Funerária fosse na forma de uma câmera fotográfica. A VOCÊ, sugiro uma caneta.
Família.
Péculo reuniu quatro anos atrás, durante uma entrevista. Ele era famoso por sua sabedoria no domínio da tanatologia exequial (preparação do corpo para velório) onde pedi que me mostrasse seu trabalho. Ele respondeu que já não operava mais em corpos, mas ensinava a fazê-lo, mas poderia me conduzir a Daniel Carunchio, seu sobrinho e melhor discípulo: um homem com uma voz grossa e cor bronzeada, que me recebeu com um café e um álbum de fotos. Carunchio estava disposto a mostrar através de imagens, que lhe tinha ensinado a fazer o seu tio. A tanatopraxia é uma técnica que desinfecção do corpo, que impede a fuga de líquidos, gases e melhora a aparência da pele devolvendo feições naturais ao falecido. Isso explica Carunchio com fotos que ele passou com ritmo e com uma didática de vender produtos Avon.
DC - "Você vê este senhor? - Carunchio parado em um corpo consumido e seco, uma boca sem dentes... e continua...
- Depois de receber colágeno injetado, os lábios, receberam simulador dental, cápsulas nos olhos para não abrir. A família disse-me que ele tinha cabelo, e então colocamos-lhe. Porque não despedir-se bem de todos? Verifique agora, ele não parece dez anos mais jovem.
" Ao passar as fotos, eu sabia que Carunchio e Péculo eram pessoas indispensáveis neste processo. Dentro de horas conseguiam com sucesso transformar um cadáver na imagem que todos nós precisamos ter dos mortos: um corpo adormecido e sereno, a face sem uma penalização.
Enquanto estava distraído pensando nesta tarde de bate-papo e fotos, Carunchio virou uma página e me mostra sem aviso uma foto com a imagem de uma mulher que tinha caído de face do quinto andar de um prédio... - Ah, não te avisei, ele disse. Agora começam os mortos por acidente. Aqui você pode mudar. Já havia visto algo semelhante..., me pergunta Ele. - Nunca, exceto desta vez, respondi, eu fiquei chocada. - Você está bem? ...
Entrevistador - Que tipo de família é a de vocês?
RP -Nós somos uma família como a de qualquer pessoa. Vivemos com a morte da mesma maneira que um médico que vive com doenças e Jornalistas com desgraças. A diferença é que com a nossa família todos sabem e o que nós queremos quando morrer.
Entrevistador - Vocês sabem o que querem os seus filhos?
RP - Obviamente. Até mesmo minha neta que tem três anos, sabe o que eu quero em minha despedida.
Entrevistador - Que horror!
RP - Por quê? Para estas coisas, nunca é cedo. Normalmente me perguntam se devem trazer as crianças aos velórios. E eu digo que sim. Precisamos conversar sobre a morte. Quando um animal de estimação morre, o que costumamos dizer... que o coelho escapou, e ficamos num beco sem saída, porque depois o que você diz, que o avô fugiu, e a criança... Você tem que entender que a morte faz parte da vida. Na educação deve ser inserido tema como a morte, assim como educação sexual. Precisamos ter claro que vamos morrer. Digo a você com certeza. E a melhor coisa que podemos fazer é levar esta certeza naturalmente. Vejamos. O culto da morte é considerado o ponto de partida que, como alguns classificam como o nascimento do homem. Ao contrário dos macacos, a quem a morte era indiferente a ela, o homem Neanderthal, começou a cinqüenta mil anos atrás, a enterrar seus mortos: uma prática que, segundo o filósofo e antropólogo francês Georges Bataille, mas também revelou medo magnetismo. Esse medo levou a luto. Acreditava-se que as almas dos mortos poderia tomar posse do corpo do vivo, da maioria dos membros da família e, por isso, foram utilizadas roupas escuras e capuzes para disfarçar a aparência e enganar almas. Mas, dois séculos mais tarde, ou seja, agora, o medo se tornou consideravelmente mais operacional. Não é o castigo do inferno, ou Deus: as pessoas têm pânico, por exemplo, ser enterrado vivo. Assim, o site do canal tem Utilísima-link dentro do programa de Péculo, um parágrafo sobre o tema da "catalepsia" onde há um passo-a- passo, acompanhado de fotos adicionadas, que ensina os telespectadores técnicas como a do "espelho". Isto é: para detectar, com a ajuda de um cristal, se o falecido, ainda respira. Péculo adverte que é difícil e muito pouco provável, que um morto volte do túnel novamente. Mas a vida sempre consegue oferecer uma peça de ficção.
Por exemplo, Péculo relembra seu primeiro cadáver onde teve de lidar com ele com apenas dezoito anos de idade, a morte ocorrera em viagem no estrangeiro.Essa primeira morte, Péculo, relatou.
Ele diz que é de mau gosto, mas ele explica que, se fosse bom gosto, esta nota não seria mencionada.
...Bem, há organismos que ao morrer incham mais rápidamente, e quando se movimenta o ar é liberado... e disse finalmente.
RP- Em seguida, ao levanta-lo, eu ergui minha cabeça e eu ouvi de forma muito clara: "Ahhh". Foi um horror. Quando ouvi o som no local e sozinho, no meio de um impasse "ahhh" fico ou vou... não saí correndo, mas ... Mas com o olhar fixo, disse Péculo. - O pânico de ser enterrado vivo Gerou grande polemica, criando um novo nicho no mercado.
No Chile, o Cemitério Evangélico Caminho de Canaã oferece caixões com um sistema de infravermelhos que detecta qualquer movimento das mãos. Além disso, Ricardo Péculo diz que, na província de Mendoza também é alugado por um período de três meses, um nicho com um alto alarme que detecta qualquer anormalidade dentro do caixão. Para qualquer movimento, há um alarme sonoro. O problema é que se um dia ocorrer em Mendoza um terremoto, todos os telefones irão chamar, imaginem todos no cemitério com a pá. Vai ser Uma loucura!
Antigamente, muitos anos atrás, colocava-se na mão do falecido um pau com um sino. Mas hoje, quando se é declarado morto, você está morto. Mesmo assim, as pessoas às vezes pedem que o sepultem com celular. - Mas perguntamos ... Há algum sinal para celular abaixo da terra? Nunca responderam. Até agora ninguém ligou. Mas quando ocorrer a primeira chamada vai se armar um entrevero!!!

terça-feira, 19 de maio de 2009

domingo, 5 de abril de 2009

Rio Funer 2009

Sindicato do Ceara Almoço de confraternização
Rodada de negociação


Prêmio Publicidade Funerária - Ethernus - Iracema Nobre


Mesa Redonda - Situação do negocio funerário - América Latina


Amigos, após alguns dias sem publicar novidades neste espaço, retomamos!!!
Tem um dito popular muito antigo que traduz bem o nível de comprometimento das empresas e das pessoas que buscam o crescimento...
Ninguém é tão pequeno que não possa ensinar, nem tão grande que não possa aprender!!!
Na RioFuner 2009 podemos perceber isso, onde as empresas mais interessadas no desenvolvimento, troca de experiências, aquelas que saem do Brasil em busca de ampliar o conhecimento se fizeram presentes, assim como empresas pequenas que buscavam o conhecimento e acabaram trocando muitas experiencias. O evento foi divulgado de forma acanhada dentro do Brasil, mas aqueles que estão conectados com os assuntos relevantes do segmento estavam sabendo, um dos sítios de internet mais visitados pelos empresários do setor que é o FOL divulgou desde o ano passado o encontro, outro fator que afastou algumas empresas foi o fato do evento ser cobrado, questão esta que desde o os Congressos de Diretores Funerários do MERCOSUL, não ocorria, algumas lideranças locais tendem a fazer apenas feiras, que é muito bom, para vender especo, promover fornecedores, alem disto pouco agregam ao crescimento, ainda sim entendo ser melhor feira que não ter nada, que fique claro, mas se fosse possível trazer temas que possibilitassem a profissionalização seria muito melhor.
Mesmo seletivo, o evento cumpriu sua função, trouxe pela primeira vez ao Brasil, mas na sua III edição, premio de publicidade em comerciais de empresas funerárias, onde empresas mexicanas, espanholas, brasileiras, americanas, alem de algumas sátiras foram mostradas, ao todo concorreram 15 empresas, onde o segundo lugar ficou com a empresa J. Garcia Lopez do México, e o primeiro lugar para o grupo do Ceará Ethernus, onde uniu questões relacionadas ao ciclo de vida, segurança, confiança, competência, com uma forma simples, mas marcante de se expressar.
As palestras proferidas por consultores e empresários mundialmente reconhecidos que trataram temas atuais e importantíssimos para o segmento, como retenção de clientes, Tanatopraxia, serviço de suporte ao luto, CRM aplicado ao segmento Funerário, tratamento ao Luto, Fidelização de clientes, Tecnologia aplicado ao segmento funerário, Marketing para o setor funerário, curso superior para o serviço funerário e a mesa redonda sobre o serviço fúnebre nos EUA, Espanha, Colômbia, Chile, Brasil e Argentina.
De forma muito produtiva todos os presentes pelo que tive a oportunidade de perceber se sentiram satisfeitos com o evento, tem formato seletivo, justamente para proporcionar melhor aproveitamento para os participantes.
Próximo evento ocorrerá na Espanha, no ano de 2010, programe-se para participar, haverá visitas dirigidas a cemitérios, empresas funerárias, crematórios e a TANEXPO que ocorrerá na seqüência deste evento, com a possibilidade de prolongar por mais alguns dias pela Europa.
Saúde e Paz

Paulo Coelho

sexta-feira, 3 de abril de 2009

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Participação



Caros colegas e amigos do segmento funerário, esta postagem é direcionada pode se dizer que quase 100% ao segmento, mas nada impede que outros visitantes contribuam com este tema, que trata de problemas relacionados a seguro e auxilio funeral.
Busco coletar reclamações, depoimentos, criticas de como vem agindo as empresas de seguro ou plataformas quando da contratação e pagamento de serviços prestados pelas empresas funerárias.
Há no site
http://www.funeráriaonline.com.br/ um fórum aberto com este tema, mas pode também ser remetido diretamente para o e-mail paulocoelho@anef.org.br estas informações, nosso objetivo é levar ao conhecimento das Seguradoras os problemas enfrentados por nosso segmento, eliminando distorções e aproveitadores deste mercado, não será divulgado o nome da empresa denunciante.
Necessitamos das seguintes informações:
Nome Falecido, Nome Funerária, Nome Seguradora, Nome Plataforma, Data do Ocorrido e qual o problema que houve, por exemplo o valor liberado foi R$1.800,00 e a família teria direito a R$3.000,00 – houve demora no pagamento da funerária superior a 60 dias, obrigaram a família procurar o concorrente, questões como estas ou mesmo outras que devam ser relatadas.
Casos de DPVAT também podem ser relatados.
Estas informações serão coletadas para que a ANEF – Associação Nacional de Empresas Funerárias, possa levar ao conhecimento das seguradoras o que vem ocorrendo, inclusive podendo ser entregue ao Ministério Público e SUSEPE, para providencias mais enérgicas.
Vamos contribuir com o levantamento de casos, esta será a forma de fortalecer o segmento funerário.
Saúde e Paz
Paulo Coelho

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Oportunidades

Desde que foi deflagrada a crise financeira nas bolsas de mercadorias do mundo não se fala em outra coisa alem de que a economia esta em colapso e isso irá afetar todo o mundo uma vez que este é Globalizado.
No Brasil as reservas financeiras em alta garantem investimentos e proteção de mercados onde o lucro sempre foi privado, mas que na hora da crise, o Estado amigo entra para intervir e salvar os grandes segmentos como bancos, financeiras, construção civil.
Outros porem, sem esta mesma generosidade, sofrem com as noticias de aumento das commodities – mercadorias, do dólar do petróleo e de tantas outras coisas que não há muita relação com o seu negocio, mas fazem com que a população deixe de comprar, gerando grave desaquecimento do mercado, causando demissões.
Recebi uma história a poucos dias que disponibilizo através do link, e outra no formato vídeo onde é entrevistado banqueiro norte-americano que fala do que é a crise, como esta se formou e quais as conseqüências desta, com muito bom humor e no final você poderá entender o porque do bom humor.
Mas disso tudo o que mais me chamou a atenção foi diversas declarações que recebi de muitos colegas empresários e dirigentes sindicais, onde o otimismo, e fatos importantes me levam a acreditar que apesar da crise existir e toda cautela necessária, o nosso mercado reage muito bem, que temos um povo trabalhador e que é especialista em crise e pacotes econômicos, que o que inicia é uma série de oportunidades de crescimento, bastando estar preparado para crescer.
Analisando estes fatos me questionava, porque outros mercados quebraram, os números da economia despencaram recessão no maior mercado do mundo... bem, talvez uma das respostas seja justamente que nos países em desenvolvimento estamos acostumados a trabalhar no vermelho, que nosso povo luta desde que nasce por sua comida, em quanto em outros países como EUA, existe protecionismo para agricultura, seguro aos desempregados, consumismo motivado, dinheiro a custo baixo, obtido através de esquemas de hipoteca.
Nós lutamos para conquistar e desta forma criamos riquezas mais sólidas, gastamos com mais responsabilidade e principalmente trabalhamos mais.
Acredito que este é o momento do crescimento dos bons, dos trabalhadores, dos dedicados dos empreendedores, vamos aproveitar a oportunidade para nos qualificar e mesmo os que perderem empregos devem pensar que jogar a vaca para o brejo o que parece uma desgraça, na verdade é uma oportunidade de sair da mesmice e buscar alternativas, dizem que a dor ensina a gemer, pois bem aproveite a crise para crescer.
Saúde e Paz
Paulo Coelho

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Negociar


As empresas querem que seus colaboradores busquem o maior lucro possível, os clientes querem pagar o menor valor pelo produto escolhido, criando desta forma um impasse.
O que fazer, como orientar os colaboradores a atingir metas sem que os clientes sintam-se ofendidos... digo sim ofendidos por que em qualquer tipo de transação comercial e até mesmo pessoal temos duas ou mais pessoas disputando não apenas valores, desejos, mas principalmente opiniões e ponto de vista.
Vejamos uma relação que não visa valores pecuniários – pai e filho.
- Pai posso sair com meus amigos num barzinho – pergunta o filho em plena terça feira de período de aula.
Responde o Pai – Não, durante a semana sabes que é proibido.
Nesta curta conversa, estamos diante de uma situação com pontos de vista diferente, onde para um jovem não há prejuízo algum em sair durante a semana; já para o Pai o problema esta em chegar tarde, ingerir bebida alcoólica, percurso de ida e volta, a aula no dia seguinte. Se apenas receber a resposta negativa, poderá o filho se revoltar, comparando seu pai com os demais familiares de seus amigos que irão ao encontro. No caso do pai permitir saberá que futuramente causará problemas para o filho em função da perda de rendimento escolar, ou pior se algo de ruim acontecer ficará se culpando pelo resto da vida. Mas então o que fazer...
Negociar, saber com quem estará no barzinho, quem leva quem busca e se não houver ninguém este ser o transportador, determinar horário de saída e chegada, deixando claro que tais situações não podem ser rotina durante a semana, desta forma o filho leva o que busca mas condicionado a questões de reciprocidade.
Durante a negociação na empresa deve ocorrer algo semelhante, identificar as aspirações do cliente, permitindo que este exponha o que busca, se apenas livrar-se do encargo a que esta encarregado ou fazer uma homenagem se estivermos tratando de serviços fúnebres. Caso seja a primeira opção, bem neste caso o básico estará dentro das necessidades, cabendo claro informar que questões como tanatopraxia é ponto básico dentro deste serviço, mas se for identificado que a aspiração esta voltada para uma homenagem digna, condizente com esta vida que foi vivida, devemos mostrar todas as possibilidades existentes para o serviço, desde cortejo, acessórios florais, preparações, serviços de Buffet, veículos para a família, cerimonial de despedida e o que mais for possível. Mas no final da negociação lembre-se que há do outro lado da mesa um ser humano com sentimentos, convicções, que esta disposto a dar a contrapartida ao atendimento, mas que seja justo para ele, seja para satisfazer o EGO, seja para mostrar aos seus familiares que conseguiu uma boa negociação, ou mesmo por questões de limites orçamentários. O importante é que durante a negociação seja eliminado aos poucos as objeções, para no final o cliente possa entender que o valor é justo pelo serviço contratado, não inicie fazendo concessões, guarde estas para o final, igualmente não chegue no limite permitido de uma única vez, faça com que aos poucos seja concedido os benefícios.
Se você tem margem de desconto de 8% por exemplo, após compor todo o serviço, excluindo os terceirizados, busque saber a forma de pagamento, - estabelecido este ponto - , digamos em três vezes, nesta condição garanta o valor a vista, se for esta a política da empresa, caso o cliente contra-proponha entrada de 50% mais uma vez, haverá margem para desconto de 3% suponhamos, e neste caso Ele proponha o valor total no ato, você poderá oferecer 5% ou 6% de desconto, ficando ainda abaixo do seu limite de 8% que tinha como margem de negociação.
Estes exemplos servem apenas para exemplificar casos comuns de negociações, entre família ou empresa, poderíamos dar muitos outros exemplos e técnicas de como negociar, mas como ilustração e forma de contribuir para pensarmos de forma mais ampla deixo esta contribuição.
Saúde e Paz
Paulo Coelho